sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Foi...




... à primeira vista. Gosto muito. E como se aproxima um novo ano, aproveito para desejar Primavera nas vossas almas, saúde nos vossos corações e tudo mais que vos fizer felizes. O mesmo que desejo para mim. Tão simples (e complicado) às vezes.

Algo me diz que.... (veremos).

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sem palavras...




Desculpem-me mas há imagens que não precisam de palavras para as descrever. Assim eu as tivesse e tudo seria mais fácil. Convido quem quer que aqui venha que simplesmente... veja.

E que pense e aprenda. Que a verdadeira felicidade está nos gestos mais simples. E que a grandeza de qualquer ser humano está dentro de si e do que sonha ser capaz.

Estas coisas inspiram-me... e fazem-me acreditar.

Espero que nunca mude esse sentimento em mim.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

What goes around... comes around.

Sempre tive um quê de observadora e ultimamente tenho constatado alguns factos.  De manhã, quando vou a caminho do trabalho no metro, tenho construído muitas histórias na minha cabeça.

As pessoas são cada vez mais tecnológicas. 80% dos utilizadores do metro vão de fones nos ouvidos e a mexer constantemente no telemóvel. No último caso, imagino que estejam a dizer inúmeras coisas já inúmeras vezes repetidas. Acho maravilhoso o poder destes aparelhos, no entanto temo que as pessoas um dia já não tenham a ousadia nem a coragem de dizer as coisas cara a cara, com um turbilhão de borboletas a saltar-nos do estômago directamente para a boca. Hoje em dia, as pessoas têm a discussão das suas vidas no chat do facebook e depois contam umas às outras que foi horrível e não sei quê. Quando se vêm pessoalmente não se falam, porque se "chatearam" e a discussão foi horrível com direito a gritos e tudo. Meu Deus, não estaremos a perder a essência das relações no meio disto tudo? Assusta-me e tenho pensado numa coisa que me disseram há uns dias e que para mim fez todo o sentido: a tecnologia está a aproximar quem está longe e a afastar quem está perto.
Acho muito grave. Por isso, bora lá estar mais vezes juntos, abraçar mais, beijar mais, discutir mais, deitar a fúria toda cá para fora... Mas sermos muito mais nós mesmos.

As pessoas andam cabisbaixas. Se é dos subsídios cortados, do cão que morreu ou do namorado que está esquisito, não sei. Mas as pessoas mal se falam. Deixou-me muito surpreendida outro dia um casal que ia sentado frente a frente. Ele era beijos para um lado, abraços para o outro, coceguinhas e sorrisinhos próprios de quem está estupidamente apaixonado - os coitados dos passageiros que iam sentados ao lado até se sentiam incomodados de tanta vez que rodaram o pescoço à procura de um ponto em que parecesse que a sua atenção se tinha focado. Impossível. Todo o metro estava especado a ver aquela cena. E o mais bonito é que eles estavam tão inebriados e dentro da sua nuvem que nós todos devíamos ser passarinhos a cantar-lhes ao ouvido no paraíso. Ainda há quem seja indiscretamente feliz. É engraçado e tem um quê de encantador esta falta de vergonha.

Tenho reparado que há menos pedintes no metro. Não sei se é da hora a que vou mas de facto não tenho dado por eles. Quando saio, na rua encontro vários... um que se senta criteriosamente em frente da padaria com uma moldura onde estão os seus cinco filhos que, repete ele num bocado de cartão, não têm o que comer. Será que ele escolheu aquele sítio para lhe darem pão para os filhos ou prefere o troco que sobre no bolso dos clientes que lá vão? Gostava de acreditar na primeira opção mas.... errr, duvido. É por estas e por outras que o mundo está como está e as pessoas deixaram de acreditar umas nas outras. Às vezes lembro-me de uma voz sábia que me dizia "não te importes com o que eles vão fazer com o dinheiro que te pedem. o que importa é a nossa consciência".

Pois é, tens razão. Acreditar é muito importante.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Adoro esta!

Há imenso tempo que não escrevo. Hoje também não vai ser o dia. Leiam nas entrelinhas o que diz a música, eu podia escrevê-lo também. Por fazer das palavras dele as minhas e adorar a música no seu todo (letra e sonoridade).

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Arranjar sentido.

O tempo - para muitos conotado como destrutivo - a mim tem-me feito aprender uma imensidão de coisas. Que conto cada vez com menos pessoas, mas que essas serão, porventura, as únicas verdadeiras. Assim espero, porque prezo muito mais a qualidade do que a quantidade. E, na verdade, não preciso de muito para ser feliz.

Que as decepções do passado fazem parte da minha história (todos temos uma, não é verdade?) e que foram muito importantes para esclarecer algumas dúvidas que eu tinha sobre a vida em geral.

Que eu sou muito mais livre do que dependente e que não tenho que seguir o que todos fazem só porque é o mais "certo". O certo e o errado - mais vezes do que imaginamos - é separado por uma linha tão ténue e dissimulada... Das coisas que mais gozo me dá é seguir os meus instintos, sem pressões nem constrangimentos. Sermos quem somos é a nossa verdade. Não temos que mudar por ninguém nem por coisa alguma.

Estou cansada de converseta, de pessoas básicas e sem esperança. Gosto de me sentar ao lado de alguém que tenha alguma coisa para me ensinar, que eu saia da companhia de alguém com a sensação de que levo alguma coisa mais do que aquilo que trazia antes do nosso encontro. O mais maravilhoso deste mundo serão sempre, a meu ver, as pessoas e as relações que construímos com elas. Elas são sempre a base de uma série de outras coisas maravilhosas que a seguir se desencadeiam e ganham sentido.

Que o destino, quase nunca reflexo do que sonhamos, é uma criança irrequieta que nunca pára e nos leva para os lugares menos esperados e mais surpreendentes. Mas que devemos confiar nele e simplesmente deixarmo-nos levar...

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Posso fazer uma resolução (mesmo sem ser ano novo)?


Posso, posso?

- Não mais viver com aquilo que não me satisfaz por puro comodismo. Relações de fachada, tentar ser aquilo que não sou para agradar a alguém (nunca soube muito bem fazer isso, aliás), coisas fáceis, hábitos, ir atrás dos outros só porque sim.

Talvez o tempo nunca se perca mas tenho cá um pressentimento que enquanto andamos só por andar, se corre o risco de perder um mundo qualquer de certeza. E esse mundo qualquer pode ser o nosso.

I hope so! :)

Esta é só a primeira! Começo cedo este ano...

terça-feira, 12 de julho de 2011

O mito e o resto


Tenho uma amiga que sempre que se prepara para sair do carro, vira o retrovisor para o lado do condutor, retoca o batom e diz com uma convicção demolidora: "O Príncipe pode estar em qualquer lado." E pode mesmo. É uma questão de fé, totalmente arbitrária, mas pode acontecer.
A pessoa certa não é a mais inteligente, a que nos escreve as mais belas cartas de amor, a que nos jura a paixão maior ou nos diz que nunca se sentiu assim. Nem a que se muda para nossa casa ao fim de três semanas e planeia viagens idílicas ao outro lado do mundo. A pes­soa certa é aquela que quer mesmo ficar connosco. Tão simples quanto isto. Às vezes, demasiado simples para as pessoas perceberem. O que transforma um homem vul­gar no nosso Príncipe é ele querer ser o homem da nossa vida. E há alguns que ainda querem.
Os verdadeiros Príncipes Encantados não têm pressa na conquista, porque como já escolheram com quem querem passar o resto da vida, têm todo o tempo do mundo; levam-nos a comer um prego no prato porque sabem que, no futuro, nos vão levar à Tour d’Argent; ouvem-nos com atenção e carinho porque se querem habituar à música da nossa voz, e entram-nos no coração bem devagar, respeitando o silêncio das cicatrizes que só o tempo pode apagar. Podem parecer menos empenha­dos ou sinceros do que os antecessores, mas aquilo a que chamamos hesitação ou timidez talvez seja apenas uma forma de precaução. Eles querem ter a certeza de que não se vão enganar.
O Príncipe Encantado não é o namorado mais român­tico do mundo que nos cobre de beijos; é o homem que nos puxa o lençol para os ombros a meio da noite para não nos constiparmos ou se levanta às três da manhã para nos fazer um chá de limão quando estamos com dores de garganta. Não é o que nos compra discos românticos e nos trauteia canções de amor no voice mail, é o que nos ouve falar de tudo, mesmo das coisas menos agradáveis. Não é o que diz "Amo-te", mas o que sente que talvez nos possa amar para sempre. Não é o que passa metade das férias connosco e a outra metade com os amigos; é o que passa de vez em quando férias com os amigos.
O Príncipe que sabe o que quer não é o melhor namorado do mundo; é o melhor marido do mundo, porque não é o que olha todos os dias para nós, mas o que olha por nós todos os dias. Que tem paciência para os meus, os teus, os nossos filhos e que ainda arranja um lugar na mesa para os filhos dos outros. Que partilha a vida e vê em cada dia uma forma de se dar aos que lhe são próximos. Que ajuda os mais velhos a fazer os trabalhos de casa e põe os mais novos a dormir com uma história de encantar. Que, quando está cansado, fica em silêncio, mas nunca deixa de nos envolver com um sorriso. Não precisa de um carro bestial, basta-lhe uma música bes­tial para ouvir no carro. Pode ou não ter moto, mas tem quase sempre um cão. Gosta de ler e sai pouco à noite, porque prefere ficar em casa a namorar e a ver os progra­mas de televisão alternativos. Cozinha o básico, mas faz os melhores ovos mexidos do mundo e vai à padaria num feriado. 
O Príncipe é um Príncipe porque governa um reino, porque sabe dar e partilhar, porque ajuda, apoia e nos faz sentir que somos mesmo muito importantes.Ora, com tantos sapos no mercado, bem vestidos, cheios de conversa e tiradas poéticas, como é que não nos enganamos? É fácil. Primeiro, é preciso aceitar que, às vezes, nos enganamos mesmo. E depois, é preciso acre­ditar que, um dia, podemos ter sorte. E como o melhor de estar vivo é saber que tudo muda, um dia muda tudo e ele aparece. Depois, é só deixá-lo ficar um dia atrás do outro... Se for mesmo ele, fica.

(Vou contar-te um segredo, MRP)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Episódio I. (Enfin)

A Joana e a Marta (chamemos-lhe assim) estavam no Marquês de Pombal, à espera do metro. Em cima da linha amarela, a Joana dizia: "Só espero que o metro não demore muito, senão passo-me".

5 minutos. A carruagem chegou. Entraram.
E eu também. Sentei-me em frente delas duas.

Joana: "Ouve lá, então mas tu agora vais para o Algarve? De férias? E depois em Agosto voltas para lá outra vez?"

Marta: "Sim, os meus pais dizem que querem passar as férias comigo. O que é que queres que eu faça?"

Joana: " Então mas isso não tem lógica, porque passas os dias todos com eles. Vocês vivem na mesma casa... E assim vais perder as festas todas!"

Marta: "Eu sei mas eles gostam que eu esteja com eles nas férias."

Joana: "Olha é assim, eles têm que perceber. Aos 15 anos as coisas já não são como eram. Eu no último ano fiquei as férias todas fechada no hotel só para os meus pais verem!"

Moral da história: Paizinhos, tenho a certeza de que o que viram não foi nada agradável. E que desejaram que a vossa filha crescesse assim muito rapidamente. Eu também desejei o mesmo, e não passo de uma simples utilizadora do metro que às vezes tem que observar estas cenas. De miúdas.

terça-feira, 14 de junho de 2011


Se eu te pudesse dizer

O que nunca te direi,

Tu terias que entender

Aquilo que eu nem sei.
 
(Fernando Pessoa, 123 anos)






terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Príncipes... do nada?

Em «Príncipes do Nada», Catarina Furtado entrevistava uma família cabo-verdiana que vive em condições miseráveis. Quando questionada sobre a construção da sua nova casa, a mãe apenas disse: "A partir dessa altura, a nossa vida vai ser muito feliz..."
As crianças estavam radiantes com a possibilidade de nunca mais voltar a dormir no chão nem de ter que tomar banho cá fora, num tanque de cimento improvisado.



São as tais lições de vida que se ouvem mas que só realmente sabe quem as sente.