terça-feira, 22 de maio de 2012
sexta-feira, 11 de maio de 2012
E se o coração parar de bater?
Sem aviso prévio. Sem a mínima suspeita de existir qualquer problema cardíaco. Como aconteceu no primeiro dia de maio ao campeão mundial de natação Alexandre Dale Oen, de 26 anos, encontrado inanimado no balneário após o treino, deixando em estado de choque a seleção norueguesa que preparava os Jogos Olímpicos de Londres. Ou a Morosini, que em abril perdeu a vida, num jogo ao serviço do Livorno, em Itália. Ou a Féher, o jogador do Benfica que, em 2004, tombou no relvado, protagonizando uma morte em direto na televisão.
Ou a ti, meu querido irmão.
Ao teu coração, Tiago.
Quando no ensino secundário fiz um trabalho para a disciplina de Educação Física que intitulei «Tragédias ao serviço do desporto», fruto do choque que em 2004 a morte do Féher me causou, estava longe de imaginar a tragédia em si que ia acontecer na minha casa. Nunca sabemos o dia de amanhã e há coincidências do caraças. Há as felizes e as infelizes. Esta foi a mais infeliz de todas, como é fácil imaginar.
Mas - e foi para isto que comecei a escrever este texto - há uma notícia feliz anunciada há alguns dias:
A solução para rastrear e prevenir situações como esta, que todos os anos vitima centenas de desportistas (e não-desportistas), está à partida num microchip que compara informações de ADN e executa um teste genético. E que, ainda por cima, é uma novidade no mundo inteiro. Ao que parece, o chip foi desenhado para funcionar como um detetor. Tem codificadas as sequências de ADN com todas as alterações conhecidas para uma determinada doença, e quando lhe é introduzida uma amostra de sangue em que o indivíduo tenha no seu genoma uma alteração idêntica a uma das pré-programadas no chip, aparece um sinal positivo, lido por um laser.
A notícia explica tudo.
Que aumente a esperança no futuro, que mais investigações sejam desenvolvidas e que a vida das pessoas seja preservada e não sentenciada.
Ou a ti, meu querido irmão.
Ao teu coração, Tiago.
Quando no ensino secundário fiz um trabalho para a disciplina de Educação Física que intitulei «Tragédias ao serviço do desporto», fruto do choque que em 2004 a morte do Féher me causou, estava longe de imaginar a tragédia em si que ia acontecer na minha casa. Nunca sabemos o dia de amanhã e há coincidências do caraças. Há as felizes e as infelizes. Esta foi a mais infeliz de todas, como é fácil imaginar.
Mas - e foi para isto que comecei a escrever este texto - há uma notícia feliz anunciada há alguns dias:
A solução para rastrear e prevenir situações como esta, que todos os anos vitima centenas de desportistas (e não-desportistas), está à partida num microchip que compara informações de ADN e executa um teste genético. E que, ainda por cima, é uma novidade no mundo inteiro. Ao que parece, o chip foi desenhado para funcionar como um detetor. Tem codificadas as sequências de ADN com todas as alterações conhecidas para uma determinada doença, e quando lhe é introduzida uma amostra de sangue em que o indivíduo tenha no seu genoma uma alteração idêntica a uma das pré-programadas no chip, aparece um sinal positivo, lido por um laser.
A notícia explica tudo.
Que aumente a esperança no futuro, que mais investigações sejam desenvolvidas e que a vida das pessoas seja preservada e não sentenciada.
domingo, 6 de maio de 2012
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
(Carlos Drummond de Andrade)
terça-feira, 1 de maio de 2012
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