segunda-feira, 24 de maio de 2010

David Luiz



Gostei muito de ouvi-lo. E de vê-lo. Especialmente por perceber que ali está um grande homem. Perdão. Um grande Homem.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Aí mora alguém.

"Conhecer aqui e ali alguém que pensa e sente como nós, e que embora distante, está perto em espírito, eis o que faz da Terra um jardim habitado."


Deve andar por aí perdida a minha alma gémea.
Conhecer alguém como nós, ao nosso jeito, que pensa e sente como nós, é uma dádiva dos deuses. Pelo menos, eu entendo-a como tal. Porque é especial perfurar a alma de alguém, numa espécie de ligação pura e eterna. Como se fizéssemos parte um do outro. Como se sempre tivéssemos pertencido ao mesmo universo e o destino fosse mais forte do que todas as conspirações cósmicas. (Sim, para mim é...)
Não conheço ninguém igual a mim - é natural, afinal todos somos únicos e diferentes - mas quando estou na presença de alguém que me entende, que entra dentro do meu olhar e vê o estado do meu coração, esse alguém que passa a ver o mundo com os meus olhos faz-me sentir prestes a alcançar a plenitude. Um autêntico estado de graça é o que experimento, e aí fecho-me dentro de uma bolha mágica e perfeita, onde só existo eu, tu e nós. És assim: fazes-me sentir viva. O coração ganha forma e expressão, canta cá dentro palavras doces e cheias de sentido. Mostra-me que existe, e que existes dentro dele.
Numa sociedade tão plural, com pessoas cada vez mais excêntricas (ou a querer demonstrar sê-lo) nem sempre é fácil viver. Primeiro, há que aceitar a diferença, admitir a sua relevância e perceber que por vezes não estar debaixo de controlo é a coisa mais bonita do mundo. Ser livre é uma forma de respirar para alguns. Para outros, uma forma de cometer excessos. Respeitar a diferença e aceitá-la é um acto de coragem, de tolerância. Afastar e viver à margem é a escolha mais fácil.
Não é todos os dias. Não, não é todos os dias que se conhece gente assim, metade de nós. E podermos ser aquilo que somos com alguém é aquilo a que eu, pelo menos, aspiro. Porque quando sou eu, quando és tu, qualquer lugar serve, qualquer tempo e modo servem. O sofá de casa é o Tejo à nossa frente. O chocolate quente e o cuppcino da máquina de casa têm um sabor ainda melhor do que os tomados num café perfeitamente decorado, o mais caro da cidade. Aquele canteiro de flores pendurado na janela do quarto, a que dedicas o teu tempo e amor, consegue ser maior e mais bonito do que todos os jardins do mundo. É assim quando somos só nós. Tudo em nós chega. Guarda o dinheiro, as futilidades, os preconceitos e ideias-feitas. E deita-os no lixo. De preferência, na reciclagem. Depois, abre a alma... para outra alma. Que existe e anda por aí à procura da sua metade. Há um lugar dentro de ti a precisar de ser completado.